16/05/2014
Tireoidite do pós parto
Estudo realizado pela endocrinologista Maria Fernanda Barca, especialista pela USP, aponta que gestantes têm sete vezes mais chances de apresentar uma tireoidite de Hashimoto no pós-parto e os sintomas podem ser
confundidos com depressão
fotos;reprodução
Cansaço, quadros depressivos, desânimo, falta de concentração e excesso de peso
podem ser indicações de uma doença que afeta, principalmente, mulheres entre 20 e 40 anos: a tireoidite de Hashimoto (uma doença autoimune, caracterizada por uma inflamação na tireóide causada por um erro no sistema imunológico). No pós-parto, mesmo mulheres sem doença de
tireóide podem evoluir com quadro de excesso de função (Hipertireoidismo) ou evoluir direto para Hipotireoidismo, quando a glândula produz menos hormônio, podendo levar à tireoidite de Hashimoto.
Um estudo realizado pela endocrinologista Maria Fernanda Barca, especialista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), mostrou que, no pós-parto, mulheres que apresentaram alterações ao ultra-som e ou anticorpos contra a tireoide positivos, têm sete vezes
mais chances de desenvolver a tireoidite. “Durante a gravidez, o sistema imunológico fica alterado para não haver rejeição ao feto.
Quando o bebê nasce, os anticorpos voltam à ativa e eles podem investir contra a tireóide como se esta fosse um órgão estranho – ‘inimigo’-, causando uma inflamação”, explica a endocrinologista Maria Fernanda Barca. “Isso pode acontecer já do 1º mês até um ano pós-parto e pode
evoluir para a tireoidite crônica de Hashimoto”.
O estudo que fez parte da tese de doutorado da médica, foi publicado na revista Clinical Endocrinology e contou com a participação de 800 grávidas, das quais no pós-parto 13,8% apresentaram como positivo o exame de sangue que detecta a presença dos anticorpos anti-Peroxidase (anti-TPO) e alterações no ultrassom de tireóide. “Foram fatores determinantes que mostraram a predisposição para desenvolver a doença autoimune, a tireoidite pós-parto seguida de tireoidite de Hashimoto”, afirma a especialista.
Por isso a importância de um ultra-som bem feito. Segundo a Dra. Maria Fernanda, antes de apresentar alteração sanguínea, algumas mudanças já podem ser percebidas no diagnóstico de imagem com o acompanhamento desde a gestação.
“No estudo, identificamos também que das grávidas que desenvolveram a tireoidite pós-parto, por exemplo, 60% regrediram e 40% evoluíram para a doença de Hashimoto”, diz a endocrinologista.
Nestes casos, a especialista indica o uso de métodos paliativos que podem contribuir significativamente para a qualidade de vida da mulher, tais como betabloqueadores, selênio e antidepressivos e quando necessário o uso de hormônio da tireóide (Levotiroxina).
Sobre Dra. Maria Fernanda Barca
Doutora em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Membro da The EndocrineSociety, Estados Unidos, Membro da
EuropeanThyroidAssociation, Médica Colaboradora do Grupo de Tireóide do Departamento de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo de 1999 a 2010, Professora do Curso Progressos em
Tireoidologia do Programa de Pós-Graduação da Disciplina de
Endocrinologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo nos
anos de 1999 e 2009.
5 comentários:
Ótimo post!
Bj, Gabi.
Eu não consigo imaginar meninas, a gravidez do meu filho fazia ultrassom todo mês, a criança mexia tanto que nossa... eu ficava com medo de se enforcar no cordão... kkkk aaiaiai, tantas coisas a gente passa na gravidez!
Boa dica.
Beijos
Ótimo post!
Super informativo!
Bjus!
http://desejosdeumafashionista.com/
E eu que não sabia nada sobre isso? óTimo post informativo.
Beijos,
Luciana
Bela descoberta pq sempre é depre né?
Isto torna o quadro melhor, por poder ser tratado de outra forma
Ótimo final de semana para vc!
Obrigada pela visita!
Beijos Coloridos!♥♥♥
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